sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Amazônia terrotório



O desmatamento na Amazônia Legal atingiu em agosto 498 quilômetros quadrados (km²) de floresta, segundo o sistema de detecção em tempo real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A área equivale a quase metade do município do Rio de Janeiro.

O índice sofre variação de acordo com a quantidade de nuvens nos pontos analisados e, portanto, as comparações não são precisas. Em agosto, houve baixa ocorrência de nuvens na Amazônia e os radares conseguiram observar de 83% da região.

Em julho, quando foi possível observar 77% da região, o desmatamento tinha alcançado 836 km². Já em junho, a área devastada somava 578 km² e em maio, 123 km².

Na comparação com agosto de 2008, quando foram registrados 756 km², houve uma diminuição de 35% na área devastada.

O Pará se manteve na liderança do desmatamento e foi responsável pela derrubada de 301 km² de floresta em agosto, seguido pelo Mato Grosso, com 105 km2.

Rondônia e Amazonas tiveram 51 km2 e 22 km2, respectivamente, enquanto os demais Estados apresentaram índices menores que 7 km2.

"Nunca comemoro os dados, porque desmatamento nunca é bom, mas é uma queda acentuada. Além disso, agosto é um dos meses críticos de desmatamento na Amazônia", avaliou Minc à Agência Brasil.

Levantamento divulgado ontem pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) confirma a forte devastação que a Floresta Amazônica vem sofrendo.

Segundo o relatório, entre 2000 e 2008, foram desmatados 2,25 milhões de hectares em áreas protegidas e foram registrados no Ibama cerca de 1.200 crimes ambiental na Amazônia, sendo que o desmatamento, as queimadas e exploração de madeira foram as infrações mais comuns.

Rondônia e Pará lideraram as infrações e somaram 82% dos casos identificados em áreas protegidas.

O texto releva ainda que as áreas mais expostas aos crimes são aquelas próximas de estradas.

O Imazon atribui o grande número de crimes à impunidade, já que o Ibama teria concluído menos de 5% dos casos avaliados no estudo. Até outubro de 2008 estavam em andamento no Ibama 37,6 mil processos contra infrações ambientais em todo o Brasil somando R$ 9,5 bilhões em multas, revela o levantamento.

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